quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

às vezes gostava imenso de não ser assim


«Deixa-me adivinhar: discutiram... Estranho era se não o tivessem feito!»

A quantidade de vezes que ela me diz isto como se fosse um «Boa tarde», quando me vê de mau humor ou quando sente que as palavras me estão a sufocar e não as deito cá para fora. A verdade é que eu sinto que a culpa de discutirmos, 98% das vezes, é minha, sinto que tenho esta necessidade, parva e que não percebo, de discutir com as pessoas, de lhes dizer exactamente aquilo que eu sinto, e depois, depois fica tudo bem como se nada tivesse acontecido. Com ele não é assim, não fica tudo bem logo, fico a remoer e a pensar, porque ele responde e diz também o que sente.

Sem comentários: